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Todos os materiais de origem animal e vegetal têm algum grau de biodegradabilidade, o que significa que eles são capazes de se decompor pela ação de organismos vivos, como fungos e bactérias.
A lã é composta pela proteína natural queratina, a mesma proteína que está em nosso cabelo.
Quando a lã é descartada, os microrganismos irão naturalmente quebrar a queratina com enzimas e liberar nutrientes valiosos de volta para o solo. Elementos essenciais como nitrogênio, enxofre e magnésio são capazes de se diluir na terra e auxiliar no cultivo de plantas, completando o ciclo natural.
A lã pode se decompor naturalmente no solo em questão de meses quando enterrada no solo. Em contrapartida, devido a estrutura química única, a fibra de lã é resistente e repelente à água e quando guardada limpa e seca se preserva por muitos anos.
Já as fibras sintéticas podem ser extremamente lentas para se degradar e podem se desintegrar em pequenos fragmentos conhecidos como microplásticos.
Os microplásticos se acumulam e impactam oceanos, lagos, rios e outras águas do planeta, bem como aterros sanitários e podem ser consumidos por animais como peixes e pássaros causando consequências graves e até a morte destes animais.
Por afetar animais da cadeia alimentar humana, os microplásticos também podem acometer a nossa saúde.
